sábado, 4 de agosto de 2012

Universiotários!

Quantas vezes já me deparei com estudantes de física e de outras áreas, pra não ser específica, dizendo algo do tipo: "Filosofia é inútil", "engenheiros não sabem matemática", "biologia não serve pra nada", "estudantes de psicologia são imbecis". Eu duvido realmente que essas pessoas falam sério!

O ambiente universitário, é um espaço para aprimoramento intelectual, adquirir senso crítico, e absorção de novas ideias, assim também como valorizar o conhecimento propriamente dito, saber da importância de cada área do saber, seja exatas, humanas, biológicas, etc. E, é incrível que alguns estudantes desprezam outros cursos que não é de seu interesse, não gostar de artes por exemplo, é um direito de cada um, agora, dizer que artes é extremamente inútil para a sociedade, isso se chama estupidez! Afinal as vastas áreas do conhecimento são como os órgãos em um corpo humano, impossível operar sem a existência do outro.
Um estudante de medicina por exemplo, diz-se inteligente por dominar tudo sobre o sistema respiratório, gaba-se por tirar notas acima da média em seu exames, mas, não é capaz de fazer uma conta de álgebra simples ou citar apenas três filósofos importantes na história da humanidade. O mesmo vale para um estudante de matemática que domina o cálculo, mas ignora a importância para acadêmicos ler algo sobre literatura brasileira ou discutir política.
Os universitários estão cada vez mais alienados, presos ao status quo, preocupam-se com sua cerveja no barzinho, ou com sua aprovação em determinada matéria, independente se aprendeu ou não. Um exemplo atual disso é a posição de alguns universitários perante aos protestos dos professores das universidades federais, lastimável, que alguns alunos achem que deixar de perder um semestre é mais importante do que obter uma valorização dos profissionais que formam os alunos.
Antigamente o meio acadêmico era um meio para formadores de opiniões, pessoas que não só se interessavam em obter um diploma, mas obter sabedoria, hoje em dia isso parece meio obsoleto. Alunos de ensino superiores se limitam no seu mundinho acadêmico, ignoram os acontecimentos sociais e se acomodam em suas atividades extremamente individualistas e fúteis, anseiam pelo diploma, pelas notas altas, mas não são capazes de analisar com uma visão crítica o que se passa no próprio país.
Ora, que futuro profissionais são esses? Que não são capazes de enxergar a importância do conhecimento em outras áreas, de desconhecer o significado de senso crítico? Precisamos repensar o nosso conceito de "bom aluno".

terça-feira, 31 de julho de 2012

O mundo como espelho da "alma"

Afinal, de onde vem o altruísmo?
   Muitas pessoas se dizem altruístas e não se dão conta que muitos o são e nem tem isso como objetivo principal. Enquanto filantropos que buscam fazer o bem ao próximo, ora por uma espera de recompensa divina, ora por necessidade pessoal, existem muitos que são considerados individualistas, mas acabam praticando o bem tanto quanto os citados anteriormente. Portanto, a ideia de que ajudar o próximo nos fará seres melhores e mais felizes é totalmente errônea, do meu ponto de vista, antes nos façamos seres felizes e realizados, e consequentemente faremos bem ao próximo sem necessariamente ter a percepção dessas atitudes consideradas altruístas.
   É notável que toda a crueldade gerada desde os primórdios, foi causada por seres "doentes", fracassados, infelizes, rejeitados, e etc. E engana-se aquele que pensa que o ser humano pode ser distinguido por bom e por mau. Ora, não vivemos em contos infantis onde existe um lobo mal e uma chapeuzinho vermelho. Por trás de todo sujeito cruel existe o sujeito que foi passível da crueldade ou do desamparo, por trás de um indivíduo que cometeu homicídio, há um indivíduo que almeja pelo bem, ninguém é totalmente bom, assim como ninguém é totalmente mau.
   A auto-estima elevada, o bem estar emocional e social, faz eclodir em nós o desejo de compartilhar, de observar o mundo e as pessoas ao nosso redor com otimismo e cautela, da mesma forma que alguém que obtém uma realização pessoal quer compartilhar com os amigos e esquecem, mesmo que momentaneamente, as mágoas dos inimigos. Já o oposto, alguém possuído de rancor e insegurança, naturalmente se estabelece como vítima dentro do ambiente em que vive, muitas vezes tomando aqueles que fazem parte de seu âmbito familiar ou social como seus opressores.
   A humanidade tem por impulso julgar aqueles que cometeram atos cruéis e infames contra a humanidade, mas são raras as vezes em que se preocupam com o que levou o indivíduo a tomar tais atitudes desonrosas. Punem de imediato, antes de pensar sobre uma solução mais eficaz para evitar que seres humanos se tornem monstruosos. E a única maneira de fazer bem a humanidade, ou não fazer o mal, é fazer o bem ao seu próprio ser inicialmente, estar sujeito a buscar a felicidade completa, sem a necessidade de apego ao materialismo para tal realização. Só assim, buscando a paz interior e a satisfação pessoal que a humanidade caminhará para o equilíbrio.

domingo, 29 de julho de 2012

Por que o curinga em um jogo de cartas?

Muitos se perguntaram qual a razão de eu ter escolhido este nome para o meu blog, a razão é simples, uma inspiração do livro O Dia do Curinga de Jostein Gaarder, onde o personagem da carta de baralho, Curinga, tinha uma personalidade diferente das outras 52 cartas as quais no livro possuíam vida. O Curinga era aquele que no meio dos outros se destacava pela sua astúcia, excentricidade, que não fazia parte de nenhum naipe, e principalmente por ser um ser pensante e crítico quanto a sua existência, o único que conseguia  questionar sobre as coisas ao redor dos outros que estavam fadado a viver cegamente. Ou seja, uma exceção à regra.